Jiu
-Jitsu sem fronteiras
Em Abril fui a Costa Rica
unindo seminários de Jiu-Jitsu a uma viagem de surf. As longas ondas de
Pavones, as direitas de Matapalo estavam nos meus planos depois dos seminários.
Quimono e faixa, shorts e parafinas na mala e vamos nessa! Já na conexão de
Lima para San José, um brasileiro na poltrona de trás escuta eu conversar com
meu parceiro de viagem, e logo vira uma conversa geral, e era mais faixa preta
de JJ com a sua família, indo para a Costa Rica também para surfar e é claro
dar uns treinos na academia de um amigo também brasileiro, mas radicado na
Costa Rica. Assim a viagem inteira foi conversas sobre surf e a nossa Arte
Suave. Amizade que foi estendida até Pavones e depois para o Rio. Eu estava sendo esperado por outro faixa preto
brasileiro também estabelecido na Costa Rica de onde fomos diretos para Playa
Hermosa. Na mesma tarde na praia, montaram um dojo e dei um seminário tendo o mar como pano de
fundo.
Por conta do Jiu-Jitsu logo
muitas amizades foram feitas e um sentimento de “estou em casa” chegou rápido. Desde
o café da manhã no bar ao surf, e na academia a noite, são cumprimentos e
acenos de mãos. A vontade da rapaziada local em saber da nossa estória desde o
Mestre Carlos Gracie até os dias de hoje, renderam muitas conversas e perguntas.
O Jiu-Jitsu conquistou a Costa Rica, e uniu ainda mais o Brasil a esse país. Nossa
arte marcial une pessoas em uma confraria que permite uma grande rede social
que te ajuda em tudo.
Sempre vi o Jiu-Jitsu como uma filosofia de vida, e a cada
viagem minha, percebo o alcance que ele proporciona a nós professores e
lutadores pelo mundo. Ter o Jiu-Jitsu em nossas vidas é como uma credencial, um
passaporte, que te abre portas e constrói pontes a lugares que sem elas não
teríamos acessos. Mas ao mesmo tempo em que nos beneficiamos do Jiu-Jitsu,
todos nós praticantes do BJJ somos “embaixadores” da nossa arte marcial. Somos
admirados pela nossa técnica, mas também somos observados sobre nossa conduta,
educação e respeito à cultura local. Quanto mais representarmos bem nossa arte
suave, com atitudes e uma conduta correta mais o mundo será receptivo a todos
os lutadores independentes de serem professores ou não. Somos brasileiros
praticantes de Jiu-Jitsu e é isso que importa onde estivermos. Do mesmo jeito
que o futebol brasileiro encantou o mundo nas décadas de 50, 60 e 70. Hoje é o nosso Jiu-Jitsu que fascina, e temos
que fortalecer sempre essa imagem onde estivermos no mundo. O Jiu-Jitsu é uma
bandeira, um escudo que levamos e temos que ser lembrados sempre pelos motivos
certos. A cada viagem que faço fortalece a minha convicção que para o Jiu-Jitsu
não existem fronteiras geográficas, políticas, étnicas ou religiosas.
Oss
Vídeo dos seminários
http://www.youtube.com/watch?v=jOislNrhmis
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