quarta-feira, 6 de junho de 2012

Jiu-Jitsu sem fronteiras



            
                   Jiu -Jitsu sem fronteiras

Em Abril fui a Costa Rica unindo seminários de Jiu-Jitsu a uma viagem de surf. As longas ondas de Pavones, as direitas de Matapalo estavam nos meus planos depois dos seminários. Quimono e faixa, shorts e parafinas na mala e vamos nessa! Já na conexão de Lima para San José, um brasileiro na poltrona de trás escuta eu conversar com meu parceiro de viagem, e logo vira uma conversa geral, e era mais faixa preta de JJ com a sua família, indo para a Costa Rica também para surfar e é claro dar uns treinos na academia de um amigo também brasileiro, mas radicado na Costa Rica. Assim a viagem inteira foi conversas sobre surf e a nossa Arte Suave. Amizade que foi estendida até Pavones e depois para o Rio.  Eu estava sendo esperado por outro faixa preto brasileiro também estabelecido na Costa Rica de onde fomos diretos para Playa Hermosa. Na mesma tarde na praia, montaram um dojo  e dei um seminário tendo o mar como pano de fundo.
Por conta do Jiu-Jitsu logo muitas amizades foram feitas e um sentimento de “estou em casa” chegou rápido. Desde o café da manhã no bar ao surf, e na academia a noite, são cumprimentos e acenos de mãos. A vontade da rapaziada local em saber da nossa estória desde o Mestre Carlos Gracie até os dias de hoje, renderam muitas conversas e perguntas. O Jiu-Jitsu conquistou a Costa Rica, e uniu ainda mais o Brasil a esse país. Nossa arte marcial une pessoas em uma confraria que permite uma grande rede social que te ajuda em tudo. Sempre vi o Jiu-Jitsu como uma filosofia de vida, e a cada viagem minha, percebo o alcance que ele proporciona a nós professores e lutadores pelo mundo. Ter o Jiu-Jitsu em nossas vidas é como uma credencial, um passaporte, que te abre portas e constrói pontes a lugares que sem elas não teríamos acessos. Mas ao mesmo tempo em que nos beneficiamos do Jiu-Jitsu, todos nós praticantes do BJJ somos “embaixadores” da nossa arte marcial. Somos admirados pela nossa técnica, mas também somos observados sobre nossa conduta, educação e respeito à cultura local. Quanto mais representarmos bem nossa arte suave, com atitudes e uma conduta correta mais o mundo será receptivo a todos os lutadores independentes de serem professores ou não. Somos brasileiros praticantes de Jiu-Jitsu e é isso que importa onde estivermos. Do mesmo jeito que o futebol brasileiro encantou o mundo nas décadas de 50, 60 e 70.  Hoje é o nosso Jiu-Jitsu que fascina, e temos que fortalecer sempre essa imagem onde estivermos no mundo. O Jiu-Jitsu é uma bandeira, um escudo que levamos e temos que ser lembrados sempre pelos motivos certos. A cada viagem que faço fortalece a minha convicção que para o Jiu-Jitsu não existem fronteiras geográficas, políticas, étnicas ou religiosas.
Oss

Vídeo dos seminários  
      http://www.youtube.com/watch?v=jOislNrhmis   

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