terça-feira, 23 de agosto de 2011

Todo lutador devia refletir sobre isso

         Na hora que começam os treinos, ao formarem as duplas o pensamento de todo lutador é “vou finalizar!” ou “vou fazer ele bater!” ou na pior das hipótese é “,, não vou bater para esse cara”. Todos os treinos são importantes na evolução do atleta, ganhar sempre é bom. Não importa se é na sua academia ou no campeonato, quem não gosta de ganhar? Mas às vezes sofrer uma finalização é inevitável e infelizmente os três tapas são dados.
         Também na hora da luta rola o pensamento de “não vou bater” ou “dar para segurar mais um pouco” e assim numa luta surgem as lesões  e até mesmo fraturas. Esse é um assunto polêmico porque muitos  podem pensar que se baterem podem passar por  “ o cara é frouxo” , “ é amarelão” , “medroso”  estou é tentando mostrar justamente o contrário. Quanto menos lesões você tiver mais tempo estará no dojo treinando e melhorando seu condicionamento e habilidades para futuras lutas de campeonatos ou treinos em que você não quer perder de jeito nenhum.
         Cada luta envolve diferentes aspectos que devem ser considerados por você para bater ou não, é uma luta decisiva ou um simples treino? É uma final de campeonato ou uma luta interna em sua academia mas você não quer perder? Só é você que deve decidir por uma questão pessoal sua  a decisão de bater ou não.
         Acredito que a decisão mais inteligente na medida em que você  percebeu que não tem como se defender ou evitar mais aquela situação de ataque você deve “bater” evitando uma lesão ou algo pior. Volte para sua academia e treine cada vez mais para  estar melhor numa nova luta com quem te venceu ou se você se encontrar nessa mesma situação  em outra luta você não perca de novo. Quantos atletas ao “não baterem” ficam mêses fora dos tatames, em fisioterapias e até mesmos tem que passar por operações?
         Podemos ver em grandes eventos como no UFC, excelentes lutadores desistirem da luta visando proteger sua integridade física e por serem inteligentes o suficiente para verem que daquela posição o mais provável será ganharem uma lesão no seu corpo. Nenhum lutador gosta de ser finalizado, voltar para casa com a derrota tem um sabor amargo.
         As imagens da luta perdida passam e repassam em nossa mente e que devem se tornar uma lição para evitarmos futuras vezes termos de “bater”. Mas também acredito ser melhor do que voltar de uma consulta a um ortopedista com a sensação de termos de esperar uma eternidade para voltarmos a treinar.
         Prefiro ter no pensamento  “..na próxima vez eu finalizo ele ! ” e uma fissura de voltar logo aos treinos melhorando minhas técnicas e meu preparo físico do que ficar inativo por semanas ou mais tempo ainda. A garra de ganhar uma luta tem que caminhar com a inteligência do lutador que antes de tudo preserva a sua integridade física.



Luiz Dias,  líder da GAS JJ

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