É o aluno que escolhe seu professor, e refletem quase sempre como professor pensa e age. Dentro e fora dos tatames, na maneira de treinar com os mais graduados, de lidar com os iniciantes, com os mais fortes ou fracos. E cabe ao professor polir as atitudes de seus alunos, para que todos os treinos ocorram sem atritos ou rusgas que possam ser levados para o lado pessoal.
Um professor é um líder dentro do dojo e
exemplo fora dele, e cabe ao professor a responsabilidade de incutir educação,
disciplina e espírito esportivo aos seus alunos. Corrigindo prontamente um
desvio de conduta de um atleta seu. Esse é um ponto fundamental, porque muitos
alunos têm como sua referência maior o professor. Um professor sempre é
observado por seus alunos, em sua conduta seja no dojo dando aula, seu
comportamento nas competições perante uma vitória ou derrota de um atleta seu e
socialmente. O Jiu-jitsu, a nossa arte marcial que defendemos e representamos,
é levada por todos nós todos os dias a todos os lugares em que vamos, colégio,
universidade, ambiente profissional ou eventos sociais e somente com educação e
espírito esportivo, podemos fazer que a imagem do jiu jitsu possa ir caminhando
como uma referência de educação, inclusão social e um meio disciplinador.
Nos dias de hoje ainda é possível
infelizmente, encontrarmos na mídia, manchetes tendo como início ou
qualificando a pessoa como “Lutador de Jiu-jitsu..” em alguma ação
negativa ligando ao nosso esporte. É
claro que como qualquer segmento da sociedade tem boas e más pessoas como em
qualquer outro esporte. A violência reside no caráter da pessoa e não no
esporte.
A imagem do jiu jitsu já melhorou muito,
mas creio que ainda pode ter uma amplitude maior do que dos dias atuais. E
mudando essa visão, mostrando o jiu jitsu como um meio de formar cidadãos, terá
um número cada vez maior de praticantes aumentando a procura por academias,
torneios, jogos escolares e tudo que esteja ligado ao nosso esporte. Creio que
cabe a nós professores, instrutores e praticantes através de nossas atitudes individuais
e coletivas mostrarmos que a nossa Arte suave é uma arte marcial com uma
filosofia de vida que transforma e melhora as pessoas independentes de idade e
nível social. Essa transformação já
ocorreu em outro esporte, o surf. Antes visto com pré-conceito e reprovação
pela sociedade e hoje é um esporte aceito e incentivado pelos pais, tendo o
Brasil representação no cenário esportivo mundial.
Será
muito bom num futuro bem próximo vermos que os pais colocam seus filhos no Jiu
jitsu para não só aprenderem uma arte marcial mas também por acreditarem que o
jiu-jitsu ajuda a formar o caráter e desenvolver o espírito desportivo desses
futuros cidadãos.
Instagram: @luizdiasbjj
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