Acabei de receber esse post feito por um lutador de uma
das academias que visitei, que inspirou esse texto. Umas das coisas que mais
percebo em minhas viagens, é o potencial de amizades que o Jiu Jitsu é capaz de
trazer para nós. E ao mesmo treino, como é bom treinar nesses países, com
lutadores de diferentes faixas. É possível perceber diferenças na maneira de
lutar. Claro que cada academia tem seu estilo, suas características, mesmo no
Brasil. Não busco perceber qual o Jiu Jitsu melhor ou pior, forte ou fraco. Mas
apenas treinar e perceber as características dos lutadores daquele lugar e como
o meu Jiu Jitsu responde a esses treinos. Creio que eu sempre evoluo no meu Jiu
Jitsu, cada vez que treino nos lugares que visito, lutar fora de casa. Muitas
vezes com pessoas que você nem sabe ao certo o quanto sabem de Jiu Jitsu. E
assim as viagens sempre são muito produtivas, o aprendizado é constante. A
evolução flui e renova o seu Jiu Jitsu. Nesta academia, no final do treino. Com
surfistas locais, outro lutador que já pisou no ringue de mma, e outros com
perfis diferentes você percebe como o Jiu Jitsu envolve as pessoas, as une. E
então você começa a ver como reflete no Jiu Jitsu de cada um. Alguns mais
agressivos, outros jogando mais em contra-ataques, passadores ou guardeiros. O
Jiu Jitsu reflete o estilo pessoal de cada um. Tive a oportunidade de
apresentar o Jiu Jitsu para alguns surfistas locais e é muito bom ver o impacto
que causa. Todos os dias na areia ou depois do surf, sempre vinha aquele perguntando
sobre determinada posição que eu tinha mostrado ou ccom um convite de “vamos
dar um treino?!”. A vontade de aprender
rápido, de treinar muito, de rolar com os amigos em pouco tempo o deck virava
um dojo. A grama na casa de outro amigo também era outro. Essa alegria ao
conhecer o Jiu Jitsu é contagiante. Por vezes ainda com a roupa de borracha os
treinos rolava na praia. O surf e o Jiu Jitsu numa perfeita sintonia. Não
conheço outros dois esportes que se encaixem tanto. Vi pessoas olhando com
curiosidade e devagar chegando mais perto e de repente estavam fazendo
posições. Alguns com idéias e conceitos errados sobre nós, treinando e já
sorrindo perguntando sobre academias locais para os meus amigos. Fico muito
feliz em poder ajudar a divulgar o nosso Jiu Jitsu e ver as pessoas curtindo.
Hoje creio que o grande embaixador do Brasil é o Jiu Jitsu. Ele aproxima as
pessoas. Não é necessário dominar a língua local. É só fazer um treino e todos
se entendem. A Arte é Suave o sistema é bruto, mas a endorfina e alegria que o
Jiu Jitsu nos traz é única.
quarta-feira, 20 de junho de 2018
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