terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Jiu Jitsu na estrada




Estive há pouco tempo, em Portugal dando aulas no Porto, na minha filial e em Lisboa na academia de amigos. Durante meus horários livres, sempre que posso eu vou surfar. É um momento de curtir as praias dos locais que visito e também de interagir com os surfistas locais. Que o nosso Jiu Jitsu é mundialmente conhecido é claro que não temos dúvidas. Mas o interesse que vejo na Defesa Pessoal ou “Self Defense” percebo cada vez maior. Infelizmente vejo essa parte do nosso Jiu Jitsu deixada de lado por professores. Na minha academia ela sempre está presente, sendo praticada por todos. É como diz aquela frase tão escutada “É melhor saber e não precisar usar, do que precisar usar e não saber.” Num desses dias de surf que tive nessa minha viagem, alguns surfistas me pediram uma aula dos fundamentos da Defesa Pessoal. Então o quintal da casa do shaper Nuno Mesquita da Ahua, logo se tornou um dojo. Alguns surfistas mais reservados prefiram apenas ver, tiraram fotos. E depois de uma manhã de surf numa água gelada, num tempo frio. Quimono e moletom e fui mostrando posições básicas da Defesa Pessoal. O interesse foi aproximando a todos ao assunto, fatos lembrados, perguntas. Ali então o que para nós lutadores de Jiu Jitsu parece tão básico, para muitos era um mundo sendo descoberto. Defesa de ataque de faca, ataques diversos e suas defesas. É muito gratificante ver o interesse de pessoas que nem sequer tem a arte marcial como esporte, em reconhecerem e quererem estudar essa parte do Jiu Jitsu. E certamente alguns deles irão abraçar o Jiu Jitsu como complemento ou um segundo esporte a praticar. Eu digo que o Surf e Jiu Jitsu se encaixam perfeitamente. Como a Defesa Pessoal e o Jiu Jitsu são os dois lados da mesma moeda. Esse artigo foi inspirado nesse fato, ali o interesse não era o Jiu Jitsu esportivo, mas sim a Defesa Pessoal. Até porque muitas vezes o localismo no surf por vezes é muito agressivo. O Jiu Jitsu Brasileiro abriu muitas portas em muitos picos de surf. E muitos episódios com o surf foi o Jiu Jitsu que apresentou seu cartão de visitas ao mundo, defendendo a bandeira brasileira. Como surfista nunca precisei usar a Defesa Pessoal para me defender nos países que fui surfar, mas em muitos foram um ponto para fazer amizades e mostrar o valor do nosso Jiu Jitsu no mundo. Dessa vez em Portugal onde o Jiu Jitsu já é uma realidade, percebo como a Defesa Pessoal atrai a atenção mesmo de pessoas que não são lutadores, mas sentem a necessidade de saberem se defender de uma abordagem na rua ou em qualquer outra situação. Como professor reforço aqui a minha opinião, que nós professores não podemos deixar de ensinar a Defesa Pessoal. Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail geracao.artesuave@yahoo.com.br. Também conheça o http://www.geracaoartesuave.com.br/. Oss!
* Por Luiz Dias

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Graduação, entrega de faixas


   
Fim do ano chegando, além da confraternização chegando entre os amigos. Está chegando um momento tão esperado que é a entrega de faixas, a expectativa de ser graduado, passar para a próxima faixa, a consagração de receber a faixa preta do seu professor. Todo aluno aguarda por esse evento em sua academia. Esse é um assunto que gera especulações internas, alegrias e discórdias e por vezes ultrapassam o limite da própria academia. É impossível agradar as expectativas gerais. John Kennedy em seu discurso já dizia “nunca encontrei a receita do sucesso, mas a do fracasso é querer agradar a todos” frase essa citada recentemente pelo Danna White. Como professores temos o dever de ser o mais justo possível, ouvir outros faixas pretas de sua academia em casos de dúvidas. Observar os treinos de todos os alunos, seu comportamento no dojo em relação aos outros graduados ou menos graduados. E fora dos tatames também, porque ele leva o escudo da academia no seu cotidiano, e assim como o nome do Jiu Jitsu também. A graduação é uma questão que tem muitos parâmetros a serem analisados, em cada aluno particularmente. E devemos sempre estarmos atentos para sempre mantermos os alunos motivados a evoluírem o seu Jiu Jitsu. Corrigir seus pontos fracos e sinalizar o que deve mudar. Muitas vezes o incentivo é o mais importante, que a repreensão. O incentivo já logicamente aponta o caminho correto. Conscientizar o aluno/atleta em que deve mudar, procurar sua evolução. Eu acredito que a graduação deve ser sempre um reconhecimento de mérito pessoal do atleta, ele conquistou a faixa. E sua conquista deve refletir como exemplo e estímulo para todos da equipe. Como professor eu já percebi lutadores discordando de não serem graduados ou por discordar de graduações de outros lutadores. Mas como professor, sei que é um fato normal mais do que esperado. Creio que o melhor caminho é realizar sua avaliação com critérios justos, muita observação e troca de opiniões com outros faixas pretas de sua academia para esclarecer qualquer dúvida sobre algum aluno que esteja sendo avaliado. Por outro lado o aluno tem que ter confiança em seu professor, acreditar e principalmente confiar em suas definições e conceitos. Aqui na minha academia já tive alunos que saíram por não serem graduados, respeito a decisão deles. Mais também o aluno não deve desanimar se a graduação não veio no tempo desejado, creio que deve treinar mais e ver a graduação como uma consequência não como o fim. É legítimo desejar a faixa preta, mas creio que as faixas não devem ser vistas como um fim, treinar Jiu Jitsu é um aprendizado constante, uma arte sempre em evolução. Bons treinos a todos. Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail geracao.artesuave@yahoo.com.br. Também conheça o http://www.geracaoartesuave.com.br/. Oss!
* Por Luiz Dias

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Respeito entre professor e aluno


   
Há pouco tempo, viralizou na internet, um “professor” de Jiu Jitsu. Demonstrando uma posição onde além de já estar causando dor ao aluno, um faixa azul, ainda dava tapas no corpo e na cara do seu aluno já bastante incomodado com a chave. Infelizmente não é o primeiro e nem será o último a promover esses episódios lamentáveis. Não entendo como ainda existem professores que acham que essa maneira vai ajudar a formar os seus alunos, a entenderem e praticarem a nossa Arte Suave. Mas também cabe aos alunos, avaliar a metodologia do seu professor e decidir se cabe ficar ou não. Cada professor tem seu estilo de dar aula, sua metodologia. Mas quem escolhe o professor é o aluno, e não o contrário. Treino de Jiu Jitsu, é puxado, exaustivo. O Jiu Jitsu te cobra, aeróbico, persistência, dedicação, humildade, resiliência e muita força de vontade. Mas não concordo com o vídeo que assisti, e creio que nem o aluno deveria permitir essa conduta. Ter respeito ao professor, como o professor deve respeitar o aluno. Mas ambos os lados devem respeitar os limites. Até mesmo em brincadeiras. Já presenciei em treinos uma brincadeira quase virar uma briga. O que ganhou esse professor em fazer isso? Creio que nada. E o aluno, o que aprendeu? Também nada, a não ser dor. Todos nós, temos nossas guerras particulares, não importa se é no âmbito profissional ou sentimental, e por vezes até em ambos. Além de trabalhar e estudar, então você vai para academia para treinar e de repente você passa por isso. Acho completamente desnecessário. Essa visão distorcida só denigre a nossa Arte Marcial. Esse conceito já não pertence a esse tempo. O respeito, deve ser mútuo na relação professor aluno e vice-versa. Como queremos ter respeito a nossa profissão de professor, assistindo essas cenas? Imagina um pai, escutando pedido do filho para treinar Jiu Jitsu assistir esse vídeo? A didática deve caminhar com a disciplina e respeito. Não creio que exista sucesso sem esses princípios.   Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail geracao.artesuave@yahoo.com.br. Também conheça o http://www.geracaoartesuave.com.br/. Oss!
* Por Luiz Dias


 

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Guardeiro ou passador ?

   
   
Guardeiro ou passador? Para mim, não tem diferença, além de rotular como você prefere lutar. Mas fora isso, no meu ponto de vista não distingue quem é melhor ou mais agressivo. Para mim a vontade de vencer, finalizar está em cada perfil do lutador. No meu ponto de vista, é a vontade de vencer, disposição de lutar, resistência são fatores preponderantes. Em algumas treinos ou até na praia, os assuntos acabam sempre indo para o Jiu Jitsu, escuto opiniões como se o passador fosse mais agressivo, mais lutador. Eu não concordo. Creio que ambos são. Apenas é a vontade de vencer, preparo físico e técnica que tornará um vencedor. Podemos citar excelentes lutadores que lutam em ambas as posições. O importante ao meu ver é o lutador perceber o seu caminho, seu estilo, suas estratégias. Estar treinando, estudando posições, evoluindo em suas posições. Cada lutador conhece seus pontos fortes e fracos, suas preferências, suas zonas de conforto. Mais uma fator acho de vital importância, você deve saber lutar nas duas situações, passando a guarda ou fazendo a guarda. Existem lutadores que tem resistência em lutar fora da sua zona de conforto, não vejo isso como uma coisa certa. Se você é guardeiro e o seu oponente puxa para guarda primeiro, independente se é um treino ou uma luta de campeonato. Ou o oposto, você é passador e se vê na situação de ter de fazer guarda? Não faz? Perde a luta? Por isso aqui na academia, falo para os meus alunos a lutarem em ambas as situações independente de sua opção pessoal em treinos específicos. E essa formação deve começar desde a faixa branca, saber lutar de ambas as maneiras, mas lutar para finalizar e vencer. E não apenas saber as técnicas, posições e movimentações. Creio ser fundamental principalmente para quem quer ser um competidor com aspirações maiores. Quanto mais preparado, mais técnico menos chance de entrar numa zona de desconforto. Claro, que todos nós temos nossas preferências, de luta, posições, mas não pode ser impeditivo de lutar em outra situação. Aqui com meus alunos, gosto de inverter as preferências nos treinos específicos para que possam praticar e assim se sentirem mais preparados. Como também treinar sem quimono, o NOGi. Quanto mais habilidades você desenvolver, mais seu jogo irá fluir e certamente mais vitórias nós iremos conquistar. O Jiu Jitsu tem um grande espectro e não podemos minimizar seu alcance, pelo contrário. Sempre ampliar nosso horizonte e nossas habilidades. Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail geracao.artesuave@yahoo.com.br. Oss!
* Por Luiz Dias
  

domingo, 29 de setembro de 2019

Treinando com os alunos



 
Recebi alguns e-mails, todos concordando comigo, por treinar com os meus alunos. E poucos e-mails, mas infelizmente tiveram, de lutadores que lamentavam nunca terem treinado, com os seus professores. Eu fiquei surpreso. Porque particularmente, acho muito bom, treinar com os meus alunos. Perceber o seu progresso, ver a evolução de cada um. Cada aluno com seu ritmo, sua velocidade, e também durante a luta, perceber e orientar cada um de maneira mais personalizada. Creio que ao treinar com os alunos é sempre um momento particular entre professor e aluno. Todos os alunos gostam de poder treinar com o seu professor, claro, que as vezes por motivos de saúde, ou até mesmo de idade, existem professores que não podem mais treinar. Mas existem professores que evitam lutar com seus alunos por não quererem sofrer uma finalização. Entendem que não seria bom, para a sua própria imagem. Eu não vejo assim, eu vejo ao contrário, para mim como é poder treinar com os meus alunos. Uma lembrança boa, que ficará para sempre com cada um e comigo, saber que treinei com todos que passaram pelo meu dojo. Essa questão do professor em ser finalizado pelo seu aluno. Pode acontecer, eu já fui finalizado. É claro que ser finalizado ninguém deseja. Mas vejo como um momento esperado. Por muitos fatores, idade, peso, momentos particulares e até a questão do aeróbico também. E para mim, se eu ensino Jiu Jitsu para os meus alunos a medida que vão treinando e se graduando, é natural que os treinos vão ficando mais duros.  Ao meu ver, eu treinar com os meus alunos, só me faz bem. Continuo a treinar, mantendo meu condicionamento físico e participando mais ativamente no desenvolvimento de cada um. Não me sentiria bem, em não treinar com os meus alunos e ir treinar em outras academias. Quando estou lesionado, evito treinos mais pesados. Mas sempre estou buscando treinar. Sinto como meus alunos curtem, treinam e ao final sempre é uma alegria para mim e para quem treinou comigo. O mais importante para mim, é estar treinando, experimentando posições, ajustando e vivenciando novas técnicas para poder ensinar com mais posições. A minha opinião para os professores, é que treinem com os seus alunos, e se forem finalizados, vejam que como um bom sinal. Vejam como uma certificação de que suas lições de Jiu Jitsu estão dando bons resultados, seus alunos estão evoluindo. Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj ou entre em contato pelo email geração.artesuave@yahoo.com.br. Acesse o blog http://gasjj.blogspot.com/. Boa semana, bons treinos e até a próxima!

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Mulheres nos tatames, na Defesa Pessoal


   
A Defesa Pessoal, um lado importantíssimo do Jiu-Jitsu que muitos não consideram, não praticam e por vezes nem param para estudar, e assim não percebem como a Defesa Pessoal é fundamental para que o nosso Jiu-Jitsu seja completo em todas as áreas. Mas cada vez mais, percebo o interesso entre as mulheres que mesmo no primeiro momento muitas não se imaginam usando um quimono, manifestam a vontade de saber se defender de possíveis situações desde violência nas ruas a situações de assédio em qualquer lugar. Creio que as mulheres perceberam e entenderam que podem saber se defender, sem perder sua feminilidade e ou saberem lutar sem necessariamente terem de colocar um quimono.
Há pouco tempo dei um aulão na academia de Defesa Pessoal focado para mulheres que não lutam, nem tinham nenhum contato anterior com lutas. Já tinha realizado essas aulas em outros países. Aqui na minha academia foi o primeiro e fiquei surpreso, porque o interesse foi muito heterogêneo de mulheres que escreveram perguntando. Idades e profissões diferentes.
Mas o desejo era o mesmo. Saber se defender de uma situação desagradável. Algumas que escreveram até relataram que o interesse veio após passarem por situações desagradáveis com namorados, maridos e homens que não aceitavam um fim de relacionamento ou simplesmente uma recusa de algo além de amizade. Não podemos visualizar o Jiu-Jitsu com um foco competitivo. O Jiu-Jitsu vai além das competições. Ele tem um importante fator no reforço da autoestima e confiança da mulher nesse assunto em especial. Sou sempre um defensor da Defesa Pessoal. Percebo como vai mudando a postura e melhorando a confiança dos alunos a medida que vão aprendendo. No MMA, vemos lutadores executando movimentos treinados na Defesa Pessoal. Devemos estar preparados para qualquer situação. Infelizmente, situações inesperadas acontecem. e saber achar e encurtar as distâncias, saber atacar e se defender com o nosso Jiu-Jitsu é crucial para um atleta ou para qualquer um. Em algum momento, acho que a Defesa Pessoal foi sendo deixada de lado. Defesa de chutes, garrafadas, faca, cadeirada e até mesmo cabeçadas, como ficam? Mas também tem o outro lado, como existem lutadores de outras artes marciais que se interessam pela Defesa Pessoal porque visualizaram a sua importância e a necessidade de saber. Temos que acreditar e praticar o nosso Jiu-Jitsu com a nossa Defesa Pessoal sempre presente. Acredito ser esse o caminho. Se você é lutador de Jiu-Jitsu e vai para o MMA, leve o Jiu-Jitsu como a sua zona de segurança, e com certeza a Defesa Pessoal será importante.. Esse artigo não tem, em nenhum momento, qualquer intenção de diminuir arte marcial nenhuma, mas tem a intenção de lembrar a todos os lutadores de Jiu-Jitsu das origens do nosso esporte, de continuar honrando os esforços de tantos lutadores que, desde as épocas mais antigas, levaram o nome do Jiu-Jitsu para as manchetes dos jornais, às vezes com aspectos negativos, mas quase sempre positivos, como uma luta de alto grau de eficiência. O MMA difundido no mundo inteiro, ao ser televisionado, apresenta lutadores brasileiros brilhando nos ringues, acrescentando mais um aspecto positivo para o nosso país. Nós, professores e lutadores, temos que continuar essa missão. O Jiu-Jitsu é uma arte marcial completa inclusive, como uma filosofia de vida. Creio ser interessante os professores, em suas aulas, ensinarem Defesa Pessoal também. Eu faço. Existem lutadores e professores que não percebem a importância da Defesa Pessoal, como a “levantada técnica” pode te proteger nas ruas ou em uma luta de MMA. Como diz aquela frase tradicional do Jiu Jitsu. “Defesa Pessoal é melhor saber e não precisar usar, do que precisar usar e não saber.”  Será necessário escrever algo mais? Acho que não. Fica a reflexão. Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail geracao.artesuave@yahoo.com.br. Também conheça o http://www.geracaoartesuave.com.br/. Boa semana, bons treinos e até a próxima!

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Mulheres nos tatames

   
 
Mulheres no tatame, o que há uns anos atrás era incomum, hoje é uma realidade evidente, um fato. Com turmas e campeonatos só para mulheres  O número de lutadoras, cresce a cada dia, e cada vez mais vemos mais mulheres treinando. Não importa a idade, elas estão pisando forte no dojo. Com sua suavidade, sem tirar sua vontade de vencer, finalizar. E também entrando nas outras áreas da Arte Suave, criando mídias sociais para difundir e desenvolver o nosso Jiu Jitsu. Um dos exemplos que posso citar é a faixa roxa Emanuelle que criou o Instagram @tatame4girls, com o foco na força feminina nos tatames. Quimonos cor de rosa, alguns quimonos com bordados femininos, mas nem tudo é suavidade. Como professor infelizmente, já presenciei homens que quando estão lutando com as mulheres. Exageram no uso da força, e até usam da truculência. O Jiu Jitsu é um esporte de contato, ao meu ver então, pense, está lutando com uma mulher. Geralmente elas são mais leves, embora muito flexíveis, elásticas. Não possuem a força muscular dos homens. Adeque sua força a força dela, se for finalizado. Não pense na questão como o centro seja “fui finalizado por uma mulher” e transforme isso em um sentimento depreciativo. Pense aonde falhou tecnicamente ou na movimentação ou estratégia que não deu certo. Quando eu treino com as minhas alunas, treino com essas condições na minha mente. Não usar força, e são treinos excelentes. Porque são muitos flexíveis que puxam do meu treino. Se for para usar força, creio que não seria um treino tão bom, e tanto eu como minha aluna, não aproveitaríamos tanto. Além claro de ter cuidado com as pegadas a serem feitas, Jiu Jitsu é uma luta de contato. Já vi treinos, que quando o lutador é finalizado ou está sob uma “blitz” ele se descontrola. Infelizmente já observei isso na minha academia. Ser finalizado creio que ninguém gosta, mas não vejo demérito em ser finalizado por uma mulher. Pelo contrário, tome essa finalização como um caminho para pensar aonde falhou e o que tem de melhorar. As mulheres são guerreiras, possuem o foco e a vontade de vencer. Na hora da luta, lute com atenção e cuidado, e o principal com muito respeito as mulheres, porque além de ser uma luta de contato, muitas estão vencendo preconceitos e resistências de famílias e ou de namorados. Sendo assim não precisam ter mais obstáculos, preconceitos ou pensamentos de desmerecimentos como “fui finalizado por ela.”. Devemos é receber todas as mulheres nos tatames com educação e respeito, e principalmente na hora da luta, respeitar seu biótipo, sua força e seu corpo. Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail geracao.artesuave@yahoo.com.br. Também conheça o http://www.geracaoartesuave.com.br/. Boa semana, bons treinos e até a próxima!
Tags
arte suaveartigoColunaColuna da Arte SuaveJiu-JitsuLuiz Dias, Jiu Jitsu feminino, Jiu Jitsu para mulheres, artigo Jiu Jitsu

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Vencer é bom, mas ter saúde é o principal

   
 
Competir é bom, traz uma adrenalina diferente. Muitos lutadores treinam muito focados para competições, sendo o objetivo ganhar, sendo que, para alguns. Ganhar justifica mesmo que seja um alto preço, o da própria saúde. Esse ganhar, ou melhora de performance por vezes, trazem prejuízo a saúde. O que eu não entendo, é que muitos lutadores fazem tudo para vencer, pondo em risco a sua própria saúde. São riscos desnecessários correr, creio que o Jiu Jitsu seja para a nossa qualidade de vida física e mental. Sabemos casos de doping, de âmbito estadual, nacionais e internacionais. Os esteroides anabólicos que desenvolvem os músculos garantem a força e a potência são muito utilizados por lutadores. Mesmo sabendo que podem pagar com sérios problemas de saúde num futuro próximo ou até mesmo com a vida pelo uso dessas substâncias. Mas uma coisa é certa, o corpo vai responder revelar com o tempo. Estudando sobre esse tema, aprendi que na China há uns 4000 anos os chineses usavam o chá “machuang” que possui um percentual alto de efedrina para potencializar os a força física e assim aumentar a produção do trabalho rural. Na dinastia Chen em 2700 a.C. esse chá era usado pelos lutadores chineses para dar força e mais vigor físico. Alguns registros por volta de 800 a.C. descrevem o uso de certas ervas, fungos e óleos para melhorar a performance dos atletas. Os gladiadores também utilizavam algumas receitas para melhorar seus desempenhos nos combates. Será que o atleta que utiliza o doping se sente vencedor no seu íntimo? Seria campeão se não tomasse substâncias ilícitas? Levantar uma medalha sabendo que infringiu as leis esportivas é gratificante para o atleta? São perguntas que encontraremos pessoas defendendo os dois lados. Também não entendo ou não consigo ver como um atleta consegue comemorar uma vitória sabendo que está usando recursos proibidos. Os professores em suas academias deveriam alertar seus alunos contra essa prática anti-esportiva, esclarecer os malefícios para a saúde, o aumento de agressividade, problemas cardíacos dentre outros. Mas hoje existem outros riscos que muitos lutadores correm, alguns conhecendo os riscos e outros não. Como o uso indiscriminado de diuréticos, pré e pós treinos. Inibidores de apetites e os termogênicos sem serem recomendados por profissionais competentes. A maioria usa por conta própria ou ouvindo dicas de quem usa. Muitos lutadores querendo baixar de peso, mudar de categoria fazem muitas coisas erradas. Já vi lutadores perderem peso num tempo muito curto, e depois de pouco tempo engordam muito, e por vezes ganhando até mais peso. Procurar um nutricionista é o melhor caminho. Conversando com a nutricionista Dra. Carla Maione, Instagram @dra.carlamaione ela me disse que “muitas dietas da moda trazem consequências na saúde, essas dietas para o emagrecimento rápido no curto espaço de tempo, não possuem embasamento científico.” Segundo a Dra. Carla Maione, “entre os riscos podemos citar o efeito sanfona, dores de cabeça, anemia, tontura, aumento do colesterol, cálculo biliar, hipotensão e arritmia cardíaca entre outras como a sobrecarga das funções renal e hepática.” Sentindo isso, é impossível se concentrar na hora da luta. Creio que não vale tudo para vencer. Quer mudar de categoria, ganhar ou perder peso, busque uma orientação profissional, planeje sua mudança de categoria. Infelizmente já houve mortes de lutadores por uma rápida perda de peso. Creio que antes de medalhas e títulos a saúde deve vir na frente. Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail geracao.artesuave@yahoo.com.br. Também conheça o http://http://gasjj.blogspot.com//. Boa semana, bons treinos e até a próxima! 

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Treine com calma


 
Treinando na minha academia, estava levando um estrangulamento de um amigo meu. Estava quase batendo quando ele soltou a lapela e foi buscar outro ataque. Continuamos a luta, e depois do treino na hora da resenha, quando falei que estava quase dando os três tapas, ele respondeu com essas palavras: “achei que não ia bater”. E então comecei a pensar nesse aspecto, já não era a primeira vez que escutava algo assim.  Jiu Jitsu também tem de se ter paciência, acreditar na posição, segurar o estrangulamento, triângulo ou qualquer outra posição. A paciência e resistência caminham de mão juntas. Muitos lutadores encaixam os golpes e por vezes soltam, por acharem que o seu oponente não irão bater. Trabalhe no seu Jiu Jitsu a paciência também, encaixe o golpe e vá ajustando ele. Tenha paciência em segurar a posição e ao mesmo tempo em que vai ajustando. A finalização virá. Na minha academia algumas vezes vejo o lutador encaixar o golpe e por vezes desfaz a posição estabilizada sem a menor necessidade, por vezes, acho que até por posições menos favoráveis. Nada de pressa, gosto de ir ganhando a posição, ir ajustando, acertando. Encaixando a posição, deixe o seu oponente na zona de desconforto, posição boa é que seu oponente está desconfortável. Essa posição pode resultar num gasto de energia que ele tenha para reverter a posição e assim abrindo caminho para a sua vitória na luta. Ter estratégia é um ponto importante para todo lutador, força física é importante mas não é tudo. Nível técnico, aeróbico e estratégia são pilares fundamentais para todos os lutadores. E a calma entra nesses fundamentos. Ter calma para esperar a hora certa da raspagem, a calma para explodir no momento correto e a calma para entender que não é a hora de explodir. Ter a calma para segurar o estrangulamento ou a posição o máximo que puder, acredite na sua posição e sustente. Achar que ele não vai bater, e desfazer a posição, é para mim como uma desistência. Persista, insista, vá ajustando. Não importa se é um treino na academia ou uma luta de campeonato. Tenha a calma trazida pela confiança no seu Jiu Jitsu, um bom lutador não necessariamente é o que disfere muitos golpes num curto espaço de tempo. Por vezes um bom uma luta faz poucos movimentos mas os necessários para encaixar uma finalização. O nosso Jiu Jitsu tem entre os seus conceitos, de executar o mínimo  de movimentos e energia com o máximo de aproveitamento. Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail geracao.artesuave@yahoo.com.br. . Boa semana, bons treinos e até a próxima!    

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Aceite o desafio, pague o preço!


                   Esse desenho já tem um tempo, mas retrata  bem uma frase que repito para mim mesmo. "Enfrente seus medos, faça seus medos terem medo de você." Esses medos, podem ser  traduzidos de várias maneiras, vários sentimentos. Acredito que muitos sentimentos, impressões devam ser enfrentados e não evitados. Não gosto de levar o "se" para casa. Gosto de pagar o preço, aceitar  o desafio e ver o que acontece. Pode ser nos tatames ou na vida.
                   Não podemos perder para os nossos medos, não importam os outros, para mim importa o que eu penso de mim mesmo. Porque só eu que vivo a minha vida, e que arco com as minhas atitudes. A desistência é muito triste, perder por desistência ou por medo de tentar é ruim. Enfim, meus amigos vamos lutar pelos nossos objetivos e ideais. A vida está sempre passando, e muitas vêzes, muitos momentos e oportunidades não passam de novo.
                 Bons treinos e atitude sempre!

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Se lance a desafios


 O Jiu Jitsu começa em nossas mentes, e depois vai para ação. E uma coisa é certa Jiu Jitsu, não combina, com zona de conforto. Em zona de conforto nada acontece. Paramos, ficamos estagnados. Aparentemente tudo está bom. Mas quando nos lançamos em desafios é que vemos que na zona do desconforto é que crescemos, evoluímos e automaticamente evoluindo e acreditando mais em nosso Jiu Jitsu. Ontem tinha já tinha treinado, voltando de uma fratura na mão, já estava cansado e satisfeito em estar treinando. Quando chegou um aluno faixa preta meu, que veio treinar. Ele não me pediu para treinar, mas vi naquele momento uma boa oportunidade para dar mais um treino e puxar meu limite. Ele é mais pesado, visualizei como uma luta de “absoluto”. Foram sete minutos de treino. O melhor do treino foi ter justamente não ter preferido ficar parado. Ter lutado, mesmo cansado, perder ao meu ver sempre é ruim. Você pode admitir que seu oponente lutou melhor, foi superior em algum ponto. Ou que errou a estratégia mas perder eu não gosto. E creio que ninguém gosta. Mas gosto de sair da minha zona de conforto e chamei o Daniel para lutar. Ao fim do treino a satisfação de ter treinado, a endorfina correndo nas veias mostrou que eu estava certo. Lançar-se a um desafio sempre é bom, se é num campeonato ou na sua própria academia o importante é estar puxando seus limites. São nessas lutas que você luta atento, buscando suas posições fortes, usando suas estratégias e pontos fortes. É sem dúvida um treino diferenciado. São treinos que não permitem testar posições, são treinos como lutas de campeonatos. São muito importantes, creio que principalmente para a mente do lutador. Lutar com seu aeróbico inteiro, sem estar cansado é bem diferente. Arriscar consigo mesmo acredito ser um grande impulso, um forte estímulo para a evolução do seu Jiu Jitsu como lutador e para sua mente. Certamente se eu tivesse sido finalizado não teria sido indiferente, não consegui finalizar também, mas o principal foi ter me colocado ali, trocado força e o principal, ter lutado. Por isso meus amigos, vamos nos lançar desafios mentais, lutem sempre saindo da sua zona de conforto. Sua mente e seu Jiu Jitsu irão agradecer.


 

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Jiu Jitsu, um estilo de vida!


                 Instagram:  @luizdiasbjj
                                 
                                    @gasjj

terça-feira, 30 de julho de 2019

Vamos lá, pegue seu quimono!


       
Vamos lá, pega o quimono, e vá treinar. Pense com um foco. Pense em dar todos os treinos, independentemente de estar cansado ou não. Vou lutar para finalizar, se eu for finalizado, volto para o treino e tento de novo.  Pense hoje o treino é para puxar os meus limites e não apenas para mais um treino. Não, hoje não é só o cumprimento da rotina do meu dia. Hoje é o dia de eu vencer a mim mesmo. Desafiar os meus medos. Chamar para treinar quem me amassa, hoje eu vou buscar o treino que me desafia, hoje vou dar a vida para não perder nenhum combate. No treino de hoje, vou tentar acertar as posições, vou lutar focado no treino. Todas as minhas lutas serão lutas de finais de campeonatos. Não importa se meu oponente é mais graduado ou maior. Hoje eu vou lutar como nunca. Equilíbrio, resistência e foco. Hoje no treino vou lutar sem pensar na próxima luta, a luta que me importa é a que estarei lutando. Na hora que começar a luta vou esquecer, enquanto pisar no dojo, irei superar meus medos, minhas tristezas ou dores. Nada mais vai estar na minha mente além da vontade de vencer. Esses pensamentos eu repito para mim mesmo. Creio que esses motivacionais são importantes em todos os momentos pré e pós treinos. Temos que direcionar nosso pensamento sempre para o lado positivo. Ninguém evolui ou melhora o seu Jiu Jitsu na zona de conforto. Provoque seus próprios desafios, crie seus desafios. Se coloque na zona de desconforto e busque a evolução a partir dela. Parece uma simples coletânea de motivacionais de Jiu Jitsu. Mas quantas vezes vamos treinar, sem estar com a mente no treino? Fazemos automaticamente, realizando quase que mecanicamente o roteiro da semana? Vamos treinar consciente, mente focada no treino. Nesse momento nada mais deve existir no seu pensamento que o momento da luta. O correto é viver o momento presente da luta, do treino. Quando nosso pensamento não está focado perdemos a atenção e não realizamos o que deveríamos fazer. Eu muitas vezes me pego nesse erro, e tento ajustar meu foco, corrigir minha mente. Não é fácil, na verdade é um exercício diário. Todos nós, temos motivos para desviarmos nossa atenção em pensamentos que não deveriam estar ali, nos tatames. Posso até dizer, que quando conseguimos separar esses problemas, ao fim do treino, por vezes percebemos que os problemas não são tão complexos assim, ou vislumbramos uma saída. A luta caminha junto com uma maneira de meditar. De apaziguar a mente. Não deixe de treinar por motivos pessoais que te desanimam, não treinar acredite, só irá piorar sua maneira de pensar, dificultará sua mente em achar respostas, a endorfina dos treinos é importante na sua vida.  Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail geracao.artesuave@yahoo.com.br. Também conheça o http://http://gasjj.blogspot.com//. Boa semana, bons treinos e até a próxima!  

A insistência é uma qualidade até um determinado ponto.


 
A insistência é uma qualidade até um determinado ponto. É qualidade quando o lutador coloca um foco, uma meta em sua carreira, ou busca uma rotina que julga ser a melhor para o seu desenvolvimento sendo competidor ou não. Essa busca da evolução nos treinos, na melhora da sua qualidade técnica sempre será positiva. É importante o lutador ter esse sentimento de ir em frente, vencendo os obstáculos, mas à medida que essas insistências não trazem resultados a qualidade de insistir torna-se um defeito. É importante ter uma autocrítica, fazer sempre uma auto avaliação do nosso próprio rendimento, não importa como já disse se você compete ou não. Assistindo a luta de um aluno meu, num campeonato aqui no Rio, vi que ele incorreu em um erro que há muito venho falando com ele, e assim o vejo perder por pontos uma luta que poderia ter vencido. Após algum tempo, por acaso, no mesmo campeonato observando outra luta, vejo um professor reclamando sozinho do erro de seu aluno em fazer um movimento completamente suicida naquela situação e acabando, por conta daquele movimento, de sofrer uma finalização, para o desespero de seu professor. Fiquei pensando nesses fatos tão parecidos, e comuns para nós lutadores, quando percebi que eu também já tinha cometido esse mesmo erro lutando. O erro de insistir no erro. Por que insistir em posições que o adversário já marcou e neutraliza com certa facilidade? O fator surpresa já não existe mais, então, porque não arriscar outro movimento? Mude a estratégia, tenha coragem e ouse! O fator surpresa faz parte da Arte da Guerra, livro escrito por Sun Tzu. Não é por acaso que existem treinos secretos em times coletivos e de atletas individuais dos mais variados esportes. Mas, focado na nossa Arte Suave, essa insistência em repetir algo que não vemos resultado nem progresso na sua execução nos treinos livres pode nos custar derrotas em lutas de campeonatos ou lutas decisivas. Devemos insistir certas posições nos treinos, porém com autocrítica e escutando o professor/técnico, pois ele está vendo por outra ótica, conhece o aluno e a sua rotina, e sabe avaliar o seu rendimento. O atleta tem que pesar a opinião de seu professor. Todo professor “entra” no dojo com o seu atleta, ganhando ou perdendo ele estará lá ao seu lado. Quando vejo um aluno meu insistindo em certa posição acho bom, mas quando vejo uma insistência que não sinaliza avanço ou sucesso em sua rotina de luta, converso com o atleta e sugiro que ele arrisque, ouse, pesquise outros caminhos, inove, renove em suas estratégias e posições. O lutador não pode pensar, por exemplo, que ele se vira na luta com as duas raspadas que ele faz bem. E se o seu adversário matar bem as suas duas raspadas? E aí? Vai ficar repetindo somente as duas?  Saia da sua zona de conforto e se jogue em um novo desafio: reinvente a sua rotina, incorpore novas posições no seu jogo, surpreenda o oponente, sempre estudando, sempre evoluindo! Geralmente quem compete sistematicamente acaba quase sempre repetindo lutas em etapas de diversos campeonatos. Creio que muitos já sabem os pontos fortes e fracos de seus adversários, pesquisa em vídeos e normalmente tem uma ideia do que esperar. Devemos insistir em evoluir, progredir em nossa luta e ter também autocrítica em perceber e admitir quando algo não está dando certo e buscar mudar nesses pontos. Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail geracao.artesuave@yahoo.com.br. Também conheça o http://http://gasjj.blogspot.com//. Boa semana, bons treinos e até a próxima!
                            
  


quarta-feira, 17 de julho de 2019

Nunca NEVER


   Essa foto, me leva a pensamentos bons. A pensamentos que nos dê força e ânimo para nunca desistirmos de nossos sonhos e o principal de nossas metas. Ter força e  inteligência para domar a mente e não ser domada por ela. É como a onda, você pode não conseguir parar ela, mas pode aprender a surfar!

This photo, leads me to good thoughts. The thoughts that give us strength and spirit to never give up on our dreams and the main of our goals. Have strength and intelligence to tame the mind and not be tamed by it. It's like the wave, you may not be able to stop it, but you can learn to surf!

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Na vida e nos tatames

   
    Sempre temos momentos a serem vencidos, superados ou qualquer outra maneira que queiram dizer. Por vezes são difíceis, nem sempre entendemos, e creio que perdemos tempo querendo entender. Eu já não fico mais querendo entender, isso não significa que não sinta. Significa que tento não perder minha energia com situações que fogem da minha capacidade de resolver, ou tentar mudar.
    É claro que por vezes o desânimo ou a tristeza batem, mas tento não pensar nisso. Vou malhar, treinar ou fazer algo que mude e afaste os meus pensamentos.
   Hoje é um dia que estou praticando esse exercício.
   Sempre venceremos!
 
  meu Instagram: @luizdiasbjj 

domingo, 30 de junho de 2019

É assim que faço quando a tempestade chega


   As vezes o melhor a se fazer é ficar quieto, em paz. Vendo e ouvindo, depois refletir e decidir o que fazer. Deixar a tempestade passar. Deixar o tempo ruim ir, e saber que vem o tempo bom de novo. Eu escrevo isso para mim mesmo. eu acredito nessa prática, ficar quieto, vendo e ouvindo. Apenas e tudo isso.
  Esse post é dedicado a um amigo que me escreveu e perguntou o que faço. Não sou conselheiro, nem tenho essa pretensão, apenas escrevo o que faço em minha vida.
  Estou escrevendo e falando para mim mesmo, mas se ajudar a alguém eu fico feliz.

domingo, 23 de junho de 2019

Idade não é importante, importante é estar treinando


Como professor não é raro eu encontrar pessoas que comentam a vontade de treinar a nossa Arte Suave, algumas até já treinaram. Mas na mesma frase já colocam sua idade ou falta de condicionamento físico e até ambos como fatores impeditivos, limitantes. Nos países orientais essa visão distorcida não existe, mas ainda é muito forte aqui no ocidente. Por que um adulto não pode começar a treinar Jiu Jitsu? Não vejo problema algum, e um outro fator que eu percebia e começa a mudar. Os campeonatos de Master e Sênior, cada vez ganham mais competidores e com excelentes lutas. O fator idade não é impeditivo ou sinalizador para não termos boas lutas nessas categorias. Pelo contrário. O Jiu Jitsu pode ser praticado por todos, sem limite de idade seja por lutadores com perfil de competidor ou não. As condições físicas melhoram a cada treino visando a competição ou não. E você estabelece as suas metas. O principal e mudarmos a visão que competição, só na categoria adulta, isso não cabe mais no dia de hoje.  Vamos vencer esse conceito errado, essa resistência. Se você é competidor não permita que esse conceito te imponha limitações, o que importa deve ser o motivo certo de ir treinar e continuar a treinar, mas o primeiro movimento é superar essa resistência. Uma vez superada, se inscreva na sua categoria, até porque sua participação poderá encorajar mais e mais atletas a competir, na sua idade, condição física semelhante. Imagino num futuro próximo as categorias adultas e máster cada vez mais competitivas. Levando mais e mais atletas a vontade de competir no Máster, Sênior. A idade não pode ser um fator limitante. O mais importante é treinar, cuidar do corpo e da mente. Sair do treino cansado, mais com a sensação de dever cumprido, isso não tem idade e é muito recompensador, essa endorfina é excelente. Na minha academia já vi alunos que se achavam fora da idade de treinar, vão treinar levados por amigos e quando percebem que tinham uma visão errada se tornam alunos aplicados, treinam muito, tentando recuperar o tempo parado. E depois de um tempo percebem a mudança positiva no corpo, no aeróbico e na mente. Algumas qualidades o tempo pode ir tirando como flexibilidade, agilidade mais a vontade de treinar não se perde com a idade, creio que o amadurecimento da pessoa até aquece a vontade de treinar mais e mais, pelo bem que a prática do Jiu Jitsu traz ao corpo e a mente. Alguns até começam a voltar a ter a vontade de competir. Aceite o desafio, treine, não pense na sua idade, pense que só em estar treinando você está cuidando da sua saúde, sua qualidade de vida e se tem vontade de competir, creio que deve competir. Vencendo barreiras mentais e conceitos culturais. Servindo de exemplos para os seus amigos e para os mais jovens que certamente ao ver você treinando os incentivam a treinar cada vez mais. Enquanto o lutador viver em busca de uma evolução técnica, refinamento das posições, tendo prazer em colocar o quimono não será a idade um oponente muito menos para competir. A prática do Jiu Jitsu é um caminho que mantém o espírito jovem e o corpo numa harmonia com a mente. O corpo pode envelhecer mais o espírito do lutador não. Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail geracao.artesuave@yahoo.com.br. Também conheça o http://http://gasjj.blogspot.com//. Boa semana, bons treinos e até a próxima!      






segunda-feira, 10 de junho de 2019

É o aluno que escolhe o professor


É o aluno que escolhe seu professor. E cabe ao professor entender e respeitar a vontade quando o aluno decide trocar de academia. E o principal, sem levar para o lado pessoal. Já aconteceu comigo, quando isso acontece eu faço uma reflexão e analiso todas as vertentes que podem ter causado essa “saída” da academia. Porque pode ter sido um erro meu, ou uma necessidade de corrigir algum ponto da minha aula ou não, simplesmente por uma decisão do aluno por um motivo pessoal decidiu sair. Mas antes de tudo, eu mantenho a amizade dentro e fora dos tatames. Um professor é um líder dentro do dojo, e uma coisa é certa, independente da sua maneira de conduzir a aula, a sua academia nunca terá a aprovação unânime de seus alunos em todos os momentos. Uma frase do John Kennedy é certa “Nunca achei a receita do sucesso mas a do fracasso é simples, é querer agradar a todos.” cabe ao professor a responsabilidade de incutir educação, disciplina e espírito esportivo aos seus alunos. Corrigindo prontamente um desvio de conduta de um atleta seu, como também avaliar quando cada um merece ser graduado. Tenho conceitos para mim fundamentais que sigo, tenho os meus critérios. As discordâncias de opiniões fazem parte da vida, é muito nítido por vezes nas minhas entregas de faixas, já percebi aluno contrariado por não receber graduação e as vezes por discordância em relação a outros atletas graduando naquele momento. O professor tem de ter uma coisa em mente, nunca agradaremos a todos, e ao mesmo tempo temos de entender e respeitar a vontade do aluno em trocar de academia. Creio ser importante termos convicção que trabalhamos da melhor maneira possível e sempre buscando uma evolução em nossas aulas. E como falo para os meus amigos que dão aula. É o aluno que escolhe o professor, vários fatores podem levar um aluno a trocar de equipe. Até porque, as vezes o motivo pode ser uma questão de logística, horário ou uma mudança de residência. Já tive alunos que foram morar em lugares que ficavam muito contramão para virem treinar aqui. É chato quando isso acontece, mas vamos fazer o que? A relação distância e tempo são fatores que não podemos desqualificar. Essa semana mesmo encontrei um ex-aluno que treinou comigo uns meses e hoje treina em outra academia percebi que ele ficou sem graça, pela maneira que saiu. Como já tive alunos que saíram da minha academia e voltaram. O importante ao meu ver é como o aluno sai da equipe. Uma simples conversa, expondo os seus motivos e pronto, por vezes é uma discordância facilmente resolvida. Ou como disse antes fatores ou fatos que determinam sua saída.  Por outro lado já tive alunos que saíram e voltaram. Esse texto na verdade foi originariamente pensado por mim, por conta de um aluno que se afastou sem dizer nada. Foi para outra academia e depois de um tempo voltou. Voltou meio constrangido, creio que não por voltar a academia onde treinou desde o início, mas pela maneira de como saiu. Recebi ele bem, e de certa maneira reforça a minha idéia, que escrevo para vocês professores e instrutores, acreditem em seus conceitos e fundamentos. Nunca mudem para agradar a alunos, mude apenas porque percebeu que é uma evolução para a sua aula, e equipe. Seu trabalho falará por você. Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail geracao.artesuave@yahoo.com.br. Também conheça o http://http://gasjj.blogspot.com//. Boa semana, bons treinos e até a próxima!   
    


terça-feira, 28 de maio de 2019

Só a prática traz a fluidez


    Numa aula minha ao mostrar uma posição de raspagem, normalmente a repito em outras aulas durante a mesma semana para que todos vejam, aprendam e pratiquem. Porque só repetindo a posição é que você vai se adaptando e ajustando essa posição à você. Quando pedi que fizessem a posição repetidas vezes.  Eu escutei um aluno falando para outro, num tom de desaprovação em ter de repetir. Infelizmente, muitos não entendem a importância de se fazer a posição muitas vezes até introjetar o movimento. E muitos não percebem que a prática da repetição leva a uma execução eficiente e um ganho de confiança para executar no treino ou numa luta de campeonato. Num campeonato recentemente fiquei observando as lutas não só dos meus alunos, mais de maneira geral todas as lutas que aconteciam naquele momento, e era fácil notar a diferença de um competidor com confiança na posição que iria fazer e sua rápida execução de sua rotina em relação a outros. Certamente é o resultado de muito treino e repetição do golpe ou da movimentação. Repetir o golpe sistematicamente não significa que não sabe fazê-lo, muito menos uma “perda de tempo”, mas pelo contrário, é muito importante essas repetições sistemáticas para adquirir velocidade e confiança no que executa. Muitos lutadores querem apenas lutar, lutar e lutar. Mas quando se fala em repetir os golpes ou movimentos específicos como parte do treinamento durante as aulas, muitos alunos não percebem a importância desta parte do “estudo” da arte marcial, e reagem algumas vezes até com má vontade. Alguns chegam a “executar” a posição apenas de um lado sempre deixando de fazer a posição no lado que não é tão hábil. E muitas vezes repetem uma ou duas vezes já crendo que é o suficiente. Quando percebo isso em minhas aulas eu explico aos meus alunos a importância de repetir o movimento para a melhor percepção e performance do lutador. Como escreveu sabiamente Vegécio, escritor do Império romano do século IV d.C. “Em qualquer batalha, não costumam trazer a vitória o número de soldados e a coragem instintiva, mas sim a arte e o treinamento.”
Muitos não percebem que através dessa importante etapa do treino, pode-se descobrir o seu melhor encaixe, outras variações do golpe e testar sua real eficiência. Como também começar a diminuir a dificuldade que sente em determinado flanco do oponente. Esse é o momento de aperfeiçoar a posição, lapidar determinado movimento e executá-lo de uma maneira tal de fluidez, que o leva a um nível inconsciente para que na hora do combate o lutador execute o golpe sem pensar, o faz por puro instinto, todos os golpes são bons, ou pegam. Mas o único caminho que leva a execução de qualquer golpe para um grau de eficiência, rapidez e qualidade técnica é a prática constante, só com a prática constante, é que o lutador aumenta seu arsenal de golpes e impõe a sua técnica num combate. Esse princípio é percebido quando um lutador é elogiado pela sua técnica ou criticado com frases do tipo; “ele só sabe dar aquele golpe!” ou “para anular o jogo dele é só fazer isso”. O lutador tem que estar com a mente alerta e segura, o seu saber e agir devem ser um pensamento único, a mente deve estar focada ao momento presente da luta, alheio ao placar, ao público. Para concluir esse texto, repito as palavras do mestre Zen Daisetsu Suzuki, com a seguinte frase: “O conhecimento técnico não basta. É preciso transcender a técnica para que a arte se converta numa arte sem arte, brotando do inconsciente.”  Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail geracao.artesuave@yahoo.com.br.