terça-feira, 30 de julho de 2019

A insistência é uma qualidade até um determinado ponto.


 
A insistência é uma qualidade até um determinado ponto. É qualidade quando o lutador coloca um foco, uma meta em sua carreira, ou busca uma rotina que julga ser a melhor para o seu desenvolvimento sendo competidor ou não. Essa busca da evolução nos treinos, na melhora da sua qualidade técnica sempre será positiva. É importante o lutador ter esse sentimento de ir em frente, vencendo os obstáculos, mas à medida que essas insistências não trazem resultados a qualidade de insistir torna-se um defeito. É importante ter uma autocrítica, fazer sempre uma auto avaliação do nosso próprio rendimento, não importa como já disse se você compete ou não. Assistindo a luta de um aluno meu, num campeonato aqui no Rio, vi que ele incorreu em um erro que há muito venho falando com ele, e assim o vejo perder por pontos uma luta que poderia ter vencido. Após algum tempo, por acaso, no mesmo campeonato observando outra luta, vejo um professor reclamando sozinho do erro de seu aluno em fazer um movimento completamente suicida naquela situação e acabando, por conta daquele movimento, de sofrer uma finalização, para o desespero de seu professor. Fiquei pensando nesses fatos tão parecidos, e comuns para nós lutadores, quando percebi que eu também já tinha cometido esse mesmo erro lutando. O erro de insistir no erro. Por que insistir em posições que o adversário já marcou e neutraliza com certa facilidade? O fator surpresa já não existe mais, então, porque não arriscar outro movimento? Mude a estratégia, tenha coragem e ouse! O fator surpresa faz parte da Arte da Guerra, livro escrito por Sun Tzu. Não é por acaso que existem treinos secretos em times coletivos e de atletas individuais dos mais variados esportes. Mas, focado na nossa Arte Suave, essa insistência em repetir algo que não vemos resultado nem progresso na sua execução nos treinos livres pode nos custar derrotas em lutas de campeonatos ou lutas decisivas. Devemos insistir certas posições nos treinos, porém com autocrítica e escutando o professor/técnico, pois ele está vendo por outra ótica, conhece o aluno e a sua rotina, e sabe avaliar o seu rendimento. O atleta tem que pesar a opinião de seu professor. Todo professor “entra” no dojo com o seu atleta, ganhando ou perdendo ele estará lá ao seu lado. Quando vejo um aluno meu insistindo em certa posição acho bom, mas quando vejo uma insistência que não sinaliza avanço ou sucesso em sua rotina de luta, converso com o atleta e sugiro que ele arrisque, ouse, pesquise outros caminhos, inove, renove em suas estratégias e posições. O lutador não pode pensar, por exemplo, que ele se vira na luta com as duas raspadas que ele faz bem. E se o seu adversário matar bem as suas duas raspadas? E aí? Vai ficar repetindo somente as duas?  Saia da sua zona de conforto e se jogue em um novo desafio: reinvente a sua rotina, incorpore novas posições no seu jogo, surpreenda o oponente, sempre estudando, sempre evoluindo! Geralmente quem compete sistematicamente acaba quase sempre repetindo lutas em etapas de diversos campeonatos. Creio que muitos já sabem os pontos fortes e fracos de seus adversários, pesquisa em vídeos e normalmente tem uma ideia do que esperar. Devemos insistir em evoluir, progredir em nossa luta e ter também autocrítica em perceber e admitir quando algo não está dando certo e buscar mudar nesses pontos. Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail geracao.artesuave@yahoo.com.br. Também conheça o http://http://gasjj.blogspot.com//. Boa semana, bons treinos e até a próxima!
                            
  


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