A
insistência é uma qualidade até um determinado ponto. É qualidade quando o
lutador coloca um foco, uma meta em sua carreira, ou busca uma rotina que julga
ser a melhor para o seu desenvolvimento sendo competidor ou não. Essa busca da
evolução nos treinos, na melhora da sua qualidade técnica sempre será positiva.
É importante o lutador ter esse sentimento de ir em frente, vencendo os
obstáculos, mas à medida que essas insistências não trazem resultados a
qualidade de insistir torna-se um defeito. É importante ter uma autocrítica,
fazer sempre uma auto avaliação do nosso próprio rendimento, não importa como
já disse se você compete ou não. Assistindo a luta de um aluno meu, num
campeonato aqui no Rio, vi que ele incorreu em um erro que há muito venho
falando com ele, e assim o vejo perder por pontos uma luta que poderia ter
vencido. Após algum tempo, por acaso, no mesmo campeonato observando outra
luta, vejo um professor reclamando sozinho do erro de seu aluno em fazer um
movimento completamente suicida naquela situação e acabando, por conta daquele
movimento, de sofrer uma finalização, para o desespero de seu professor. Fiquei
pensando nesses fatos tão parecidos, e comuns para nós lutadores, quando
percebi que eu também já tinha cometido esse mesmo erro lutando. O erro de
insistir no erro. Por que insistir em posições que o adversário já marcou e
neutraliza com certa facilidade? O fator surpresa já não existe mais, então,
porque não arriscar outro movimento? Mude a estratégia, tenha coragem e ouse! O
fator surpresa faz parte da Arte da Guerra, livro escrito por Sun Tzu. Não é
por acaso que existem treinos secretos em times coletivos e de atletas
individuais dos mais variados esportes. Mas, focado na nossa Arte Suave, essa
insistência em repetir algo que não vemos resultado nem progresso na sua
execução nos treinos livres pode nos custar derrotas em lutas de campeonatos ou
lutas decisivas. Devemos insistir certas posições nos treinos, porém com
autocrítica e escutando o professor/técnico, pois ele está vendo por outra
ótica, conhece o aluno e a sua rotina, e sabe avaliar o seu rendimento. O atleta
tem que pesar a opinião de seu professor. Todo professor “entra” no dojo com o
seu atleta, ganhando ou perdendo ele estará lá ao seu lado. Quando vejo um
aluno meu insistindo em certa posição acho bom, mas quando vejo uma insistência
que não sinaliza avanço ou sucesso em sua rotina de luta, converso com o atleta
e sugiro que ele arrisque, ouse, pesquise outros caminhos, inove, renove em
suas estratégias e posições. O lutador não pode pensar, por exemplo, que ele se
vira na luta com as duas raspadas que ele faz bem. E se o seu adversário matar
bem as suas duas raspadas? E aí? Vai ficar repetindo somente as duas? Saia da sua zona de conforto e se jogue em um
novo desafio: reinvente a sua rotina, incorpore novas posições no seu jogo,
surpreenda o oponente, sempre estudando, sempre evoluindo! Geralmente quem
compete sistematicamente acaba quase sempre repetindo lutas em etapas de
diversos campeonatos. Creio que muitos já sabem os pontos fortes e fracos de
seus adversários, pesquisa em vídeos e normalmente tem uma ideia do que
esperar. Devemos insistir em evoluir, progredir em nossa luta e ter também
autocrítica em perceber e admitir quando algo não está dando certo e buscar
mudar nesses pontos. Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail
geracao.artesuave@yahoo.com.br. Também conheça o http://http://gasjj.blogspot.com//. Boa semana, bons treinos e até a próxima!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário