quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Família Jiu Jitsu



                                   
Não é muito difícil, encontrarmos amigos que num passado recente já treinaram ou até conhecemos pessoas que começaram a treinar Jiu Jitsu, e depois de um tempo sumiram das aulas. Ou lutadores que entraram num campeonato, perderam na primeira luta e por conta disso nunca mais entraram em competições por acharem que não levam “jeito”, ou pensam que não tem perfil de competidor e até mesmo não levam “jeito” para lutar. Nesses momentos precisamos um dar suporte ao outro atleta da academia. Puxar um treino buscando e mostrando onde está errando, demonstrar soluções técnicas para essas falhas. Mostrar ao amigo que melhorar é possível é só questão de dedicação e tempo de treino.
Para muitas pessoas em vários aspectos da vida, desistir é o caminho mais fácil. Jiu Jitsu tem poucas faixas então a graduação demora, a faixa preta tão desejada parece tão distante. Existem épocas que parece que você não rende nos treinos, as posições não entram, esse sentimento de frustração é terrível. A desistência parece tão lógica e óbvia. Mas creio que desistir é o pior de todos os sentimentos. Um dos grandes ensinamentos do Jiu Jitsu é justamente de não se abater na adversidade da luta, resistir ao desconforto da posição imposta pelo oponente e reverter essa situação na luta. Há pouco tempo um grande campeão disse que perdeu as dez primeiras lutas dos dez primeiros campeonatos que entrou. Desistir de treinar é fácil, mas creio que persistir é mais um ato de coragem interna, um crescimento de nossa força de vontade interna, para depois irmos ganhar na parte física e técnica. Como professor tento encorajar a todos a continuar a caminhada no dojo. Como amigo também, procuro sempre incentivar meu companheiro de treino. Não é preciso mentir, inventar, mas a luta de um amigo/aluno sempre terá algo de bom para você ressaltar, a resistência ao ataque do seu oponente, a busca por uma nova posição. Se você não ver em sua opinião nada que  em possa elogiar da luta, ajude-o, ensine uma técnica, palavras encorajadoras sempre são bem vindas. Acredito que cada academia é uma “família” e se existe esse sentimento de clã, de família, é justamente para um atleta dar suporte ao outro. Os mais graduados devem treinar duro com os menos graduados, puxar o nível para cima, mas mostrando onde estão falhando e o que fazer para melhorar, incentivar uns aos outros quando perdem, e ensinar que quando ganham é preciso treinar mais ainda, sempre buscando uma evolução. Não importa que seja num treino de academia ou em uma competição. É muito bom ver lutadores mais graduados dando treinos com lutadores menos graduados no início de sua caminhada nos tatames. Cada um por sua vez deve sempre perseverar, forçar a si mesmo para passar o limite de sua capacidade, afinal é o que significa o termo “OSS”.
 Bons treinos!
OSS!

Luiz Dias, líder da GASJJ      

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