Treinar Jiu-Jitsu,
é algo fantástico, o tempo pára. Os problemas ficam no lado de fora do dojo. O
que acontece a partir do momento que amarramos a faixa é só o pensamento de
lutar, ganhar, resistir, não bater, crer em nossas estratégias. Adrenalina
correndo pelas veias, tudo que não diga respeito à luta sumiu. Vêm os treinos,
apertos de mãos e mais lutas. O tempo passa, tudo se acalma quem luta sabe do
sentimento que escrevo. Colocar o quimono já é o início de um ritual para mim e
para muitos, a paz que treinar a nossa Arte Suave traz é imensurável. As dores
dos combates são uma normalidade quase uma companhia que nos trazem lembranças
de combate que nos fazem rir com sentimentos de missão cumprida e endorfina
correndo. A derrota é difícil de esquecer, mas lutar é supremo. Cuidar da
alimentação, dormir cedo na véspera do campeonato porque você tem que estar
inteiro. Determinada luta que você espera em sua academia te faz querer ficar cada
vez mais preparado, e no próximo treino você quer estar mais preparado para o
combate, sem querer dar nenhuma chance ao adversário. A respiração fica
naturalmente acelerada, você escuta a palavra que funciona como um gatilho “COMBATE”.
Como professor eu
vejo a mudança de corpo e mente de vários alunos que entram às vezes até sem
saber o que esperar do Jiu-Jitsu e ver eles aos poucos mudando para melhor.
Chega a hora do treino, tempo de despejar suas
energias, força, disposição e sua determinação para vencer. Outros embates
estão ocorrendo, mas o seu é o que te prende. Você passou o dia esperando por
ele. Abriu mão de beber com os amigos na véspera para estar inteiro para o
combate, passou a semana pensando como seria, o que fará na hora. E nada mais
te prende apesar de você estar com muitas preocupações, você nem se lembra
delas. Agora é a hora da luta.Jiu-Jitsu é uma filosofia de vida, ele salva
vidas, muda as vidas de seus praticantes quando eles percebem a magnitude dessa
Arte Suave. Imaginar o Jiu-Jitsu apenas como uma arte marcial é minimizar seu
poder de ação. Você pode até se machucar treinando, mas sempre voltamos.
Jiu-Jitsu possui cinco faixas, cinco degraus que é um desafio constante. Ser
faixa branca todo início é difícil, passar para a azul, lutar pela roxa,
conquistar a marron e por fim merecer a tão desejada faixa preta.
Esse percurso custa
quantas noites de treinos e quantas bolsas de gelo? E as noites mal dormidas
causadas por torções e contraturas? E quase todos voltam assim que podem e
muitos antes mesmo já estão dando um rola de leve. Na entrega de faixas é muito
bom ver a alegria de trocar de faixa, as vozes embargadas das palavras de
agradecimento dos lutadores que recebem a faixa preta de seus professores.
Como o Jiu-Jitsu
vai tabalhando em nossos corpos e mentes é incrível. Não me imagino vivendo sem
treinar, sem ter meu momento de colocar
o quimono e ir para o dojo, dar aula e depois aquela conversa no fim de treino.
É um texto dedicado em homenagem ao Jiu-Jitsu sim, excelente disciplinador e
formador de cidadãos. Temos que sempre defender nossa Arte Suave, não interessa
se somos professores, competidores ou praticantes. Pense agora, você não
conhece pessoas na academia que chegaram de uma maneira e hoje são completamente diferentes? Jiu-Jitsu bem
ensinado, direcionado muda a maneira de pensar e agir das pessoas, espero que
muito em breve possa ver com freqüência a indicação da prática do Jiu-Jitsu
como caminho para superação de muitas pessoas e fonte de inspiração para tantas
outras.
Esse texto foi inspirado no decorrer da
entrega de faixas na minha academia e ver o sorriso e alegria de pessoas que
descobriram o Jiu-Jitsu como um caminho muito além, mais abrangente do que uma
atividade física. Ouvir seus comentários de como mudaram para melhor. Jiu Jitsu
é o caminho! OSS
Luiz Dias, Líder da
GAS JJ
www.geracaoartesauve.com.br twitter: @gasjj email:geração.artesuave@yahoo.com.br
Parabéns Mestre Luiz.
ResponderExcluirSua conduta dentro e fora do Dojo, produzem o Jiu Jitsu que é relatado no texto acima, pois como toda ferramenta, de nada valeria(o Jiu Jitsu) sem um bom artesão.
Oss.
Alexandre Aguiar.