sábado, 6 de julho de 2013

REVISTA TATAME #209 - ARTIGO JIU JITSU - O PRAZER DE TREINAR JIU JITSU




Treinar Jiu-Jitsu, é algo fantástico, o tempo pára. Os problemas ficam no lado de fora do dojo. O que acontece a partir do momento que amarramos a faixa é só o pensamento de lutar, ganhar, resistir, não bater, crer em nossas estratégias. Adrenalina correndo pelas veias, tudo que não diga respeito à luta sumiu. Vêm os treinos, apertos de mãos e mais lutas. O tempo passa, tudo se acalma quem luta sabe do sentimento que escrevo. Colocar o quimono já é o início de um ritual para mim e para muitos, a paz que treinar a nossa Arte Suave traz é imensurável. As dores dos combates são uma normalidade quase uma companhia que nos trazem lembranças de combate que nos fazem rir com sentimentos de missão cumprida e endorfina correndo. A derrota é difícil de esquecer, mas lutar é supremo. Cuidar da alimentação, dormir cedo na véspera do campeonato porque você tem que estar inteiro. Determinada luta que você espera em sua academia te faz querer ficar cada vez mais preparado, e no próximo treino você quer estar mais preparado para o combate, sem querer dar nenhuma chance ao adversário. A respiração fica naturalmente acelerada, você escuta a palavra que funciona como um gatilho “COMBATE”.
Como professor eu vejo a mudança de corpo e mente de vários alunos que entram às vezes até sem saber o que esperar do Jiu-Jitsu e ver eles aos poucos mudando para melhor.
 Chega a hora do treino, tempo de despejar suas energias, força, disposição e sua determinação para vencer. Outros embates estão ocorrendo, mas o seu é o que te prende. Você passou o dia esperando por ele. Abriu mão de beber com os amigos na véspera para estar inteiro para o combate, passou a semana pensando como seria, o que fará na hora. E nada mais te prende apesar de você estar com muitas preocupações, você nem se lembra delas. Agora é a hora da luta.Jiu-Jitsu é uma filosofia de vida, ele salva vidas, muda as vidas de seus praticantes quando eles percebem a magnitude dessa Arte Suave. Imaginar o Jiu-Jitsu apenas como uma arte marcial é minimizar seu poder de ação. Você pode até se machucar treinando, mas sempre voltamos. Jiu-Jitsu possui cinco faixas, cinco degraus que é um desafio constante. Ser faixa branca todo início é difícil, passar para a azul, lutar pela roxa, conquistar a marron e por fim merecer a tão desejada faixa preta.
Esse percurso custa quantas noites de treinos e quantas bolsas de gelo? E as noites mal dormidas causadas por torções e contraturas? E quase todos voltam assim que podem e muitos antes mesmo já estão dando um rola de leve. Na entrega de faixas é muito bom ver a alegria de trocar de faixa, as vozes embargadas das palavras de agradecimento dos lutadores que recebem a faixa preta de seus professores.
Como o Jiu-Jitsu vai tabalhando em nossos corpos e mentes é incrível. Não me imagino vivendo sem treinar, sem ter meu momento de  colocar o quimono e ir para o dojo, dar aula e depois aquela conversa no fim de treino. É um texto dedicado em homenagem ao Jiu-Jitsu sim, excelente disciplinador e formador de cidadãos. Temos que sempre defender nossa Arte Suave, não interessa se somos professores, competidores ou praticantes. Pense agora, você não conhece pessoas na academia que chegaram de uma maneira e hoje são  completamente diferentes? Jiu-Jitsu bem ensinado, direcionado muda a maneira de pensar e agir das pessoas, espero que muito em breve possa ver com freqüência a indicação da prática do Jiu-Jitsu como caminho para superação de muitas pessoas e fonte de inspiração para tantas outras.
 Esse texto foi inspirado no decorrer da entrega de faixas na minha academia e ver o sorriso e alegria de pessoas que descobriram o Jiu-Jitsu como um caminho muito além, mais abrangente do que uma atividade física. Ouvir seus comentários de como mudaram para melhor. Jiu Jitsu é o caminho! OSS

Luiz Dias, Líder da GAS JJ
www.geracaoartesauve.com.br         twitter: @gasjj      email:geração.artesuave@yahoo.com.br

Um comentário:

  1. Parabéns Mestre Luiz.
    Sua conduta dentro e fora do Dojo, produzem o Jiu Jitsu que é relatado no texto acima, pois como toda ferramenta, de nada valeria(o Jiu Jitsu) sem um bom artesão.
    Oss.
    Alexandre Aguiar.

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